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Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2008

ROMARIA DA SENHORA DA SAÚDE MANTÉM A TRADIÇÃO

: Este fim-de-semana vamos ter festa rija na Costa Nova, em honra de Nossa Senhora da Saúde. Amanhã há missa, procissão e as tradicionais devoções particulares a Nossa Senhora. Para além disso, que é o substrato religioso das festividades em honra dos padroeiros, neste caso da padroeira da paróquia da Costa Nova, vem a romaria do povo das redondezas, ao jeito de quem encerra a época balnear. Diz o padre Rezende, na sua Monografia da Gafanha, que “Frei João Pachão, no século Jerónimo Pachão, das Aradas, naquele tempo já frequentador da Praia, fundou em 1822 ou em 1824, com o auxílio das companhas e com esmolas do povo, uma capela de madeira, que dedicou a Nossa Senhora da Saúde”. A história continua e a dado passo, com mais banhistas a procurarem a praia, José da Graça, de Ílhavo, gerente de uma das companhas, avançou com a ideia de construir outro templo, porque o primeiro não oferecia as condições mínimas para o culto. Continua o padre Rezende: “Com o concurso das outras companhas p

MOVIMENTO APOSTÓLICO DE SCHOENSTATT - 1

Quem hoje visita a Gafanha, ou nela vive, não pode deixar de passar pelo Santuário de Schoenstatt ou de sofrer, directa ou indirectamente, a influência da sua espiritualidade, tão bem ela casou com a maneira de ser destas gentes. De facto, o Movimento Apostólico de Schoenstatt, fundado em 18 de Outubro de 1914, na localidade do mesmo nome, na Alemanha, pelo Padre José Kentenich, entrou na Gafanha da Nazaré para dar os primeiros passos em 1970, com a vinda do Padre Miguel Lencastre para desempenhar as funções de coadjutor, e após a adesão do prior de então, Padre Domingos. Como é característica fundamental da sua missão, o Movimento necessitava de um Santuário, fonte de graças e local de veneração da «Mãe, Rainha Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt», Santuário esse que tinha de ser, como todos são, cópia fiel do original, e em torno do qual se desenvolveriam acções de âmbito espiritual e extensivas a todos os grupos etários, já que está vocacionado para despertar

Senhora dos Navegantes no Forte da Barra

: 1 – Devoções Marianas É conhecida, de há muito, a devoção que as gentes das Gafanhas têm por Nossa Senhora, à semelhança do que acontece um pouco por todo o País. A figura da Mãe, tanto no plano natural como divino, levou os crentes a aceitarem a Virgem Maria como símbolo da ternura, da disponibilidade, da protecção e do amor. Nessa linha, Maria nunca deixou de inspirar devoção a quem olha para Ela, sobretudo em momentos de aflição ou dificuldades. A Mãe de Deus, e nossa Mãe também, está permanentemente aberta ao povo sofredor. Nossa Senhora da Nazaré, da Encarnação, do Carmo, dos Aflitos, da Boa Hora, da Boa Viagem, da Saúde, dos Campos e, ainda, dos Navegantes. A mesma Nossa Senhora para cada situação. Não é de estranhar, pois, que a Senhora dos Navegantes tenha surgido em espaço e tempo de frágeis técnicas de marear, com perigos constantes, tanto à boca da barra como no mar alto. Embora não se saiba de onde partiu a ideia de venerar no Forte da Barra a Senhora dos Naveg

Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré - 2

: Nascimento e baptismo do Grupo Etnográfico Por mais complexo que seja o processo de nascimento de uma qualquer instituição, há sempre uma data que se fixa como a primeira. Assim, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré nasceu oficialmente no dia 1 de Setembro de 1983, sendo lógico aceitar que a fecundação aconteceu anteriormente, com mais rigor em 1980/81, na referida festa da Catequese, em que alguém avançou com a ideia de se dançar e cantar modinhas dos nossos avós, no encerramento do ano catequético. E se é verdade que se assumiu aquela data como a mais próxima da realidade, também é certo que o registo do nascimento se fez em 11 de Julho de 1986, através de escritura notarial. Nesse dia, no Cartório Notarial de Ílhavo, a cargo da licenciada Maria Helena de Matos Ferreira, assinaram a escritura, como fundadores do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, os seguintes: Alfredo Ferreira da Silva, José Manuel da Cunha Pereira, Maria Isabel Fidalgo das Neves Nunes, José Maria Seraf

Eça de Queiroz na Costa Nova

: ...Filho de Aveiro, educado na Costa Nova, quase peixe da ria, eu não preciso que mandem ao meu encontro caleches e barcaças. Eu sei ir por meu próprio pé ao velho e conhecido "palheiro do José Estêvão". Cartas a Oliveira Martins, 1884 NOTA: Texto e foto de Imagens do Portugal Queirosiano, de Campos Matos :

Eça de Queiroz na Costa Nova

: Palheiro de José Estêvão … a Costa Nova – e eu considero esse um dos mais deliciosos pontos do globo. É verdade que estávamos lá em grande alegria e no excelente chalé Magalhães. (Eça de Queiroz Entre os seus, Cartas Íntimas, 15 de Julho, 1893) Apesar de ter retardado ontem o meu jantar até às nove da noite, não pude desbastar a minha montanha de prosa. Levar as provas para os areais da Costa Nova, não é prático – ó homem prático! Há lá decerto a brisa, a vaga, a duna, o infinito e a sardinha – coisas essenciais para a inspiração – mas falta-me essa outra condição suprema: um quarto isolado com uma mesa de pinho. (Carta a Oliveira Martins, 1884) : Do livro "Imagens do Portugal Queirosiano", de Campos Matos, 1976 :