Armando Ferraz: O último fantocheiro A Gafanha da Nazaré pode orgulhar-se de ter entre as suas gentes um artista popular que, mesmo iletrado, se tornou famoso. Foi, decerto, um dos últimos fantocheiros, ao jeito daqueles que andavam de feira em feira a exibir a sua arte. Era ele Armando Ferraz, que morava no «canto dos zanagos», perto do “Zé da Branca”, onde convivia com amigos, saboreando um qualquer aperitivo ou digestivo. Trabalhava na JAPA e distinguiu-se, entre nós, como artista um pouco de tudo. Foi ensaiador de ranchos e marchas, sendo exímio na preparação de encadeados ou entrançados. Mas a sua arte preferida, aquela que levou até ao fim da vida, foi a dos fantoches, também chamados robertos. Calcorreou arredores da nossa região, ensinou na Universidade de Aveiro as suas habilidades na confecção do necessário para apresentar os fantoches, embrulhados em estórias que ele muito bem sabia urdir e exibir como ninguém. Apresentou-se na Figueira da Foz e no Algarve. Aqui até deixo
Dos horizontes da memória, rumo ao futuro, com terras, ria, mar e gentes