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A mostrar mensagens de dezembro, 2010

Um ilhavense um pouco esquecido: Padre Grilo

Padre Grilo com crianças por si recolhidas Maria da Luz e Rosa Bela deslocaram-se um dia a Braga, onde foram levar dois frades franciscanos (Frei Domingos de Gondifelos e Frei Pedro), que tinham estado a pregar na Gafanha da Nazaré durante uma semana, denominada Santa Missão. Fizeram esta viagem também com a preocupação de visitar uma casa de recuperação, em Braga, que acolhia mulheres com vista à sua reintegração social. O ambiente encontrado foi deprimente para as fundadoras. As muitas mulheres internadas, ao jeito de reclusão, apresentavam-se uniformizadas, com mudança de nome, vivendo entre muros, numa casa que nada tinha de lar familiar. Como não estava presente a superiora, nada puderam decidir sobre o internamento das raparigas, que viviam com Maria da Luz Rocha. Quando deixaram essa instituição vinham desoladas, o que as levou a procurar o padre Grilo, em Matosinhos, que estava doente na altura. Durante esse primeiro encontro, o Padre Grilo falou-lhes de uma Dona Sílvia Cardo

Recordando o Padre VIdal

Padre Vidal O primeiro assistente religioso da Obra da Providência Em data imprecisa, de 1955, Maria da Luz Rocha dirige-se à livraria da Casa Católica, em Aveiro, na Rua José Estêvão, à procura de livros de formação para as raparigas que estavam a ser ajudadas, tal era a sua preocupação com a vida delas, apoiada em esclarecimentos com consistência cristã. Encontra ali um sacerdote, a quem pede conselho sobre os livros a comprar, tendo, na altura, esclarecido a natureza das futuras leitoras. Era o padre António Henriques Vidal, ao tempo e durante décadas assistente religioso da Obra de Santa Zita, uma instituição vocacionada para o acolhimento e ajuda a raparigas que, vindo do interior do país, procuravam trabalho na cidade.

O exame da terceira classe

Escola da Ti Zefa, onde fiz o exame da 3.ª classe Quando encontrei o meu amigo João [nome fictício], na avenida principal da cidade, nem sequer soube, de repente, como era o seu nome. Emigrante há décadas, só de tempos a tempos vinha à terra, sempre no mês de Agosto, mês em que eu habitualmente saía para gozar, longe da rotina, uns dias de lazer. Esta coincidência de desencontros a fio fez de nós uns simples desconhecidos. Saí de casa logo de manhã cedo com vontade de caminhar ao deus-dará, usufruindo de um sol que tardava em aparecer para nos aquecer. Ruas cheias de gente que deambulava a caminho da igreja matriz, para a missa dominical, ou em busca de um lugar num café do centro da cidade para saborear a “bica” e ler o jornal. Das pastelarias e padarias saíam pessoas apressadas com saquinhos de pão fumegante que apetecia comer, logo ali, barrado com manteiga. Carros passavam decerto com destinos marcados e no quiosque eu esperava ansioso o diário que todos os dias costumo ler, na co