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A mostrar mensagens de abril, 2016

Estrada da Gafanha ao Forte

30-IV-1861 Ponte da Cambeia e  Portas d'Água «Com a conclusão do lanço da Gafanha ao Forte, terminaram neste dia os trabalhos de construção da estrada da Barra, iniciados em 12 de Março de 1860 (Padre João Vieira Resende, Monografia da Gafanha, pg. 181) – A.» Calendário Histórico de Aveiro  de António Christo e João Gonçalves Gaspar Nota: Seria interessante saber se havia,  antes da construção, qualquer caminho para passagem de pessoas ou gado. Talvez de terra batida. Ou simplesmente areias soltas ainda virgens, sem casas... Quem avança com alguma ideia?

Apelidos e Alcunhas da Gafanha

Recolha de António Augusto Afonso,  residente nos EUA António Augusto Afonso António Augusto Afonso é um gafanhão que muito estimo. Tem quase 92 anos e emigrou para os EUA há bastante tempo. Longe da sua Gafanha, tem sempre as nossas gentes e tradições na memória e no coração. O meu amigo recorda histórias que vivenciou e outras que fazem parte do imaginário dos gafanhões. Descreve cenas do quotidiano da sua infância, juventude e vida adulta, citando nomes, apelidos e alcunhas com uma facilidade enorme.  Quando as saudades apertam, tem a gentileza de me telefonar, em datas marcantes, para trocar impressões e para se sentir informado. Reconheço pela voz as emoções que o assaltam por se sentir próximo destes ares, através do telefone, e percebo a alegria de saber novas da terra, da ria e do mar, graças à maresia que lhe corre nas veias. Tudo assume como presentes no seu espírito.  Há tempos enviou-me quadras rimadas em que joga com apelidos e alcunhas dos gafanhões. J

Gafanha da Nazaré — Quinta década

1950-1959 Com a aplicação do Despacho 100/45, esta década saiu fortemente beneficiada. Os estaleiros souberam aproveitar a dinâmica imposta pelo despacho, respondendo aos desafios das empresas de pesca. Mais navios, mais pescas, mais trabalho nas secas, mais empresas paralelas, mais gente. O mesmo sucedendo com o tratamento do fiel amigo e sua secagem natural, ao sol e vento. Um pouco mais tarde, em estufas, de que foi pioneira a EPA — Empresa de Pesca de Aveiro. As empresas de pesca do bacalhau recorreram a pessoal de várias regiões do país, nomeadamente das Beiras e do Norte, que aqui se estabeleceram. Daí resultaram problemas sociais graves, no início, já que em deficientes habitações se alojam diversas famílias, em situações deploráveis.  Distinguiram-se nessas migrações pessoas de Fafe, que vieram para trabalhar nas secas do bacalhau. Trouxeram forte vontade de lutar e de poupar, pensando certamente no regresso, mas muitas por aqui se fixaram, integrando-se plenamente n

Gafanha da Nazaré: Elevada a cidade em 2001

Lei n.º 32/2001 de 12 de Julho Forte da Barra Elevação da Gafanha da Nazaré, no concelho de Ílhavo, à categoria de cidade A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, para valer como lei geral da República, o seguinte: Artigo único A vila de Gafanha da Nazaré, no concelho de Ílhavo, é elevada à categoria de cidade. Aprovada em 19 de Abril de 2001. O Presidente da Assembleia da República,  António de Almeida Santos. Promulgada em 7 de Junho de 2001. Publique-se. O Presidente da República,  JORGE SAMPAIO. Referendada em 29 de Junho de 2001. O Primeiro-Ministro,  António Manuel de Oliveira Guterres.

Gafanha da Nazaré — Quarta Década

1940 – 1949 A quarta década foi marcada por avanços significativos em vários campos, que elevaram a qualidade de vida das populações. Em 1940, o sector da saúde viu chegar a primeira farmácia — Farmácia Morais —, que ainda é hoje [2010] propriedade da atual diretora técnica, Maria Ester da Silva Ramos Morais. Por pura coincidência, na mesma altura montaram consultório na nossa terra os médicos Maximiano Ribau, da Gafanha da Nazaré, e Joaquim António Vilão, natural de Mata-dos-Lobos, Figueira de Castelo Rodrigo. Um outro médico, natural da Gafanha da Nazaré, mas residente em Ílhavo, onde casou, José Rito, também aqui dava consulta. Foi o primeiro clínico gafanhão. O célebre desastre da Nau Portugal, que adornou na ria, aquando do bota-abaixo, tornou mais famoso o Mestre Mónica, que, segundo a tradição popular, havia previsto essa situação. Na altura, a nossa terra foi muito badalada, persistindo na memória de muitos o que aconteceu, com a Nau a deitar-se lentamente na laguna.

Nossa Senhora de Fátima na Gafanha da Nazaré

Desde 1917 que o povo da Gafanha da Nazaré dedicou a Nossa Senhora de Fátima uma veneração muito especial e em 1951 a paróquia recebeu-a, por um dia, com manifestações de júbilo. De 17 a 24 de novembro de 1957, e para preparar a celebração das bodas de ouro episcopais de D. João Evangelista de Lima Vidal, mais uma vez a Imagem de Nossa Senhora de Fátima esteve entre nós. «Esta peregrinação concluiu (julho de 1959) com um cortejo cívico desde o Paço Episcopal até ao Estádio Mário Duarte celebrando-se aí Missa campal e, no fim, apoteose; esta concentração diocesana fez parte das Comemorações do Milénio de Aveiro e do bicentenário da sua elevação a cidade» (Diocese de Aveiro, págs. 533 e 534). A Gafanha da Nazaré participou ativamente nesta peregrinação e ainda hoje se recorda, com muita saudade, a vivência dessa semana em que o povo pôde mostrar quanto ama Nossa Senhora de Fátima. Formaram-se comissões que se encarregaram da ornamentação das ruas, com flores e iluminação, par