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A mostrar mensagens de maio, 2016

A Ponte da Cale da Vila que ruiu

Um pouco de história  A ponte da Cale da Vila, Gafanha da Nazaré, ruiu no dia 29 de novembro de 1994, sendo presidente da Câmara Municipal de Ílhavo Humberto Rocha, o primeiro gafanhão a liderar o executivo municipal.  Consultei-o um dia destes para esclarecer certas dúvidas, por muito pouco se falar do assunto que nos separou literalmente da cidade de Aveiro até 3 de janeiro de 1995.  Humberto Rocha teve a gentileza de partilhar connosco registos do seu diário. Nesse dia, escreveu que «a ponte da Cale da Vila sobre o Canal dos Bacalhoeiros ou do rio Boco ruiu!», acrescentando: «Parece impossível, mas aconteceu!...» Refere que no dia seguinte, 30-11-94, «o trânsito [ficou] caótico nas nossas estradas». E sublinhou que no dia 2 de dezembro do mesmo ano participou numa reunião no Governo Civil para tratar do problema. Com elementos da GNR foram estudados percursos alternativos e no dia seguinte esteve cá o Secretário de Estado das Obras Públicas, que nada adiantou.  A 29

Gafanha da Nazaré — Sexta Década

1960-1969 A ponte que ruiu em 1994 Cada década está recheada de acontecimentos, qual deles o mais expressivo. Mas há alguns que deixaram marcas indeléveis, pela negativa, que jamais poderão ser apagadas da alma do povo. Refiro-me à Guerra Colonial que, alimentada por obsessões irrealistas e por princípios políticos ultrapassados, feriu Portugal e os portugueses. Com o Concílio Vaticano II, anunciador de novas esperanças para a Igreja e para o Mundo, aconteceu o contrário da guerra: as marcas foram agora pela positiva. A Igreja aceitou o desafio de João XXIII e varreu os bolores e o pó dos corredores do Vaticano, deixando entrar rajadas de ar fresco. O concílio abriu as portas à discussão e à reflexão no dia 25 de Dezembro de 1961 e encerrou os seus trabalhos no dia da Imaculada Conceição, 8 de Dezembro, do ano de 1965. Uma nova caminhada eclesial saltava os muros do Vaticano e abria-se ao mundo. Em 1962, é nomeada Bispo de Aveiro D. Manuel de Almeida Trindade, com o Conc

Seca do Bacalhau na Gafanha

Quando tenho uns minutos livres, costumo procurar assuntos ligados à nossa terra e região. Hoje ofereço para apreciação uma foto, obviamente de má qualidade, publicada no "Arquivo do Distrito de Aveiro", n.º 28 de 1941, volume VII, página 310. Trata-se de uma seca do bacalhau, sendo visíveis as tinas onde era lavado o fiel amigo. O ambiente mostra que essa tarefa era feita ao ar livre.